Ribas do Rio Pardo: Gestão do Prefeito João Alfredo está na contramão do progresso econômico
Recentemente, o município de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, ganhou destaque nacional com a construção do Projeto Cerrado, a maior fábrica de celulose do mundo, conduzida pela Suzano. Essa iniciativa atraiu cerca de 10 mil trabalhadores de diversos estados para a cidade de 25 mil habitantes. Os impactos sociais e econômicos foram profundos, transformando vários aspectos locais, e a busca por soluções recai, em grande parte, sobre a prefeitura.
As mudanças foram rápidas e desafiadoras. Os aluguéis subiram vertiginosamente, a segurança teve que ser reforçada e investidores correram para aproveitar as oportunidades. A economia da cidade, antes adormecida, disparou com a chegada desse contingente de trabalhadores e novos negócios.
O prefeito de Ribas do Rio Pardo, no entanto, comemora o crescimento econômico, mas a inércia da prefeitura é visível. Enquanto a iniciativa privada avança, o poder público parece não acompanhar o ritmo. Procedimentos licitatórios, burocracias e a lentidão inerente ao setor público dificultam a resposta rápida às demandas emergentes.
É verdade que novas obras estão surgindo, como construções de creches e pavimentação de bairros esquecidos por décadas. Mas a expectativa é que a prefeitura não consiga atender plenamente às necessidades que a fábrica da Suzano trará. A cidade terá duas fases: antes e depois da Suzano, mas a gestão pública parece incapaz de garantir que todos se beneficiem dessa transformação.
A população deseja resultados imediatos, mas a máquina pública não opera dessa forma. A situação das enchentes recentes na cidade também exige tempo para resolução. Drenagem e pavimentação são necessárias, mas as soluções não acontecem da noite para o dia.
Um aspecto crítico é a habitação. Com a chegada de milhares de novos habitantes nos últimos meses, a cidade não possui infraestrutura adequada para abrigar todos. Parcerias estão em andamento para a construção de novas casas, mas a demanda é grande, e a prefeitura parece enfrentar dificuldades em proporcionar moradias dignas.
O prefeito mencionou em uma entrevista recente que o apoio da Câmara Municipal tem sido valioso, mas isso levanta questões sobre a capacidade da administração municipal de se antecipar a problemas previsíveis e aproveitar as oportunidades trazidas pelo crescimento. A cidade precisa de uma gestão mais ágil e eficaz para acompanhar seu próprio desenvolvimento e garantir que todos os cidadãos se beneficiem dele.